27 de março de 2008

Instituições reafirmam apoio ao Comitê Central

Por Josafá Ramalho
Diversas instituições reafirmaram na noite de quarta-feira, 26 o compromisso de se manterem unidas ao Comitê Central pró-criação do Estado do Maranhão do Sul, na luta pela criação do novo estado.
Depois de uma exposição feita por Jerfeson Alves sobre a atual conjuntura política e os caminhos que devem ser percorridos pelo projeto até que o novo estado seja criado, muitas lideranças manifestaram preocupação para com a falta de apoio ao projeto e destacaram que o Comitê Central deve permanecer firme, como forma de mobilização tanto da sociedade civil organizada, quanto da classe política.
O presidente da Associação Comercial, Gilson Kit disse que a entidade prepara um calendário de ações onde o Maranhão do Sul será prioridade.
Alunos de administração do curso da Unisulma anunciaram que realizarão um seminário na universidade, e convidaram o Comitê Central para as exposições.
Representantes de instituições que até então não haviam participado de encontros promovidos pelo Comitê Central, saíram da reunião motivados.
O pastor da Igreja Adventista do Sétimo Dia Renato Seixas, também esteve presente. Ainda há pouco na cidade ele disse que deseja “se inteirar mais da proposta do Maranhão do Sul e quer somar forças”.
O médico Irisnaldo Félix, elogiou o trabalho do Comitê Central e disse que a Associação Médica também está articulada para contribuir.
A maçonaria sempre esteve presente nas ações em defesa do novo estado, mas o encontro de quarta-feira foi novidade para muitos maçons que pela primeira vez acompanharam de perto um debate sobre o assunto.
Os convidados do Comitê Central, entre eles, líderes de associações de bairros, sindicatos, estudantes, Associação Médica, Diocese de Imperatriz e Cáritas Regional, além de outros, ouviram do presidente Fernando Antunes que a Proposta de Emenda a Constituição – PEC, de iniciativa do deputado Gonzaga Patriota pode ser um caminho mais curto para a criação do Maranhão do Sul.
Antunes explicou que se a proposta for aprovada vai permitir que o plebiscito seja realizado apenas nos 49 municípios incluídos no projeto.
Várias lideranças se dispuseram a integrar a comitiva de Fernando Antunes no encontro que ele terá com Gonzaga Patriota, em Brasília. A data para o encontro ainda será definida.

25 de março de 2008

Denúncias de pornografia infantil na internet chegam a 500 por dia

Fonte Adital -
Às vésperas do início da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia no Senado - que começa hoje (25) -, um relatório apresentado pela organização não-governamental SaferNet - responsável pela Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos - revelou que só este ano foram recebidas mais de 35 mil denúncias de pornografia infantil, o que implica em uma média de 500 denúncias por dia.
No ano passado, foram 267.089 denúncias imagens pornográficas envolvendo criança e adolescente, número o dobro maior que em 2006. Para o presidente e diretor de projetos da SaferNet, Tiago Tavares, o aumento do número de denúncias não tem um único fator, e sim razões como o crescimento da base de usuários de internet no país, que atualmente é de 40 milhões de usuários e cresce a 20% ao ano.

Segundo Tavares, as políticas de inclusão digital promovidas pelo governo "não são acompanhadas de políticas de prevenção e proteção contra crimes cibernéticos dos incluídos". O presidente da SaferNet criticou a impunidade que favorece os criminosos, são poucas as prisões efetivadas. E ainda o fato de que no Brasil a investigação dos crimes cibernéticos contra o patrimônio recebe mais apoio que os crimes contra a vida.

No país, só há seis delegacias especializadas em crimes cibernéticos e falta pessoal capacitado e estrutura física. A SaferNet combate crimes na Internet relacionados aos direitos humanos e dentro desse universo a pornografia infantil é quem recebe o maior número de queixas.

A Ong trabalha em parceria com o governo. Assim, os casos denunciados nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Goiás e Paraná são encaminhados para o Ministério Público Federal, enquanto os dos outros estados são entregues para o Departamento de Direitos Humanos da Polícia Federal.

Em entrevista à Agência Andi, o senador Magno Malta (PR-ES), autor do requerimento de criação da CPI, disse que o centro das investigações da Comissão será a Operação Carrossel, realizada pela Polícia Federal no dia 20 de dezembro do ano passado. Durante a ação, foram cumpridos 102 mandados de busca e apreensão em 14 Estados e no Distrito Federal. O senador quer investigar as possíveis relações dos crimes de pedofilia com o crime organizado.

Malta disse ser necessária a criação de uma legislação específica para a pedofilia, mas, para as organizações de direitos humanos, o cumprimento do artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - que prevê pena de dois a seis anos de prisão para a prática de pornografia infantil - já seria suficiente.

Além disso, as deliberações da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito sobre a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, encerrada em 2004, já propuseram alterações na lei que sendo implementadas significariam um avanço nessa luta contra a pornografia infantil na rede. A lei atual tipifica como crime apenas os atos de produzir e passar as imagens com pornografia infantil adiante, na forma de divulgação, venda ou apresentação.

Brasil já pode embalar alimentos com PET reciclado

Fonte Adital -
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a reciclagem de garrafas PET para uso em embalagens de alimentos no Brasil. A medida tem grande impacto ambiental, pois permitirá que as empresas autorizadas reciclem boa parte do material que até então tinha como destino depósitos e aterros sanitários ou era descartado na natureza, onde levam cerca de 100 anos para se decompor. Em 2007, 184 mil toneladas de garrafas PET deixaram de ser recicladas no Brasil.
A resolução da Agência teve como base o surgimento de novas tecnologias capazes de limpar e descontaminar esse tipo de material, independentemente do sistema de coleta. Quatro empresas brasileiras já apresentaram pedidos à Anvisa para adotar essas novas tecnologias - duas no Rio de Janeiro, uma em São Paulo e uma na Bahia.

"O material a ser reciclado passa por várias etapas e testes experimentais, sendo que no final do processo dá origem à resina de PET limpa e própria para a confecção de embalagens que entram em contato com alimentos", explica Lucas Dantas, gerente de Ciência e Tecnologia de Alimentos da Anvisa.

A principal exigência para o uso do Polietilenotereftalato (PET) reciclado em contato com alimentos será o registro do produto na Anvisa. O rótulo da embalagem deverá conter o nome do produtor, o número de lote e a expressão "PET-PCR".

A liberação do uso de PET recicladas em embalagens de alimentos atende à exigência do Mercosul que editou o "Regulamento Técnico Mercosul sobre Embalagens de PET - PCR destinadas a entrar em contato com alimentos". Os países- membros do bloco econômico têm até o próximo dia 10 de maio para se adequar à norma.

A posição brasileira foi definida por um grupo de trabalho Interinstitucional sobre regulamentação de embalagens de polietileno tereftalato pós-consumo reciclado (PET - PCR).

Participaram dos trabalhos representantes da Anvisa, de cinco ministérios, do Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (Inmetro), do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) e do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS).

A Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet) estima que, somente em 2006, foram produzidas 378 mil toneladas de embalagens à base de PET em todo o país.

A nota é do Em Questão

20 de março de 2008

Semana Santa: Igreja pede testemunho de vida aos fiéis

Por Josafá Ramalho

O pároco da catedral de Fátima, Ivanildo Oliveira disse ontem, 19 que a igreja espera de cada fiel um testemunho de vida e que ninguém abra mão da oportunidade de viver o tríduo pascal.

Padre Ivanildo disse que os momentos fortes da Semana Santa devem ser vividos em profunda reflexão, para que se perceba o real significado do sacrifício de Cristo para a humanidade.

Ele fez um apelo para que os fiéis participem ativamente em suas paróquias e comunidades das celebrações da Semana Santa, e informou que hoje 19 às 09hs00 da manhã os 26 padres da diocese se reúnem na catedral de Fátima para a Missa dos Santos Óleos. A celebração será presidida por Dom Gilberto Pastana.

Ainda segundo ele, a programação dos dias “grandes” na catedral se estende até o domingo.

Na programação da igreja para esses dias estão à missa do lava-pés e Santa Ceia, que na catedral acontece hoje às 19Hs00, e após a missa adoração ao Senhor.

Na amanhá, 21, os fiéis da catedral de Fátima se reúnem às 06Hs00 para a via-sacra rezada, as 14Hs00 haverá uma outra via – sacra desta vez, dentro da igreja e às 15Hs00 momento de adoração ao Senhor.

No sábado, 22, às 10Hs00 da noite será celebrada a Vigília Pascal. A missa da ressurreição é o momento mais importante para os católicos.

No domingo a programação será normal em cada uma das paróquias e comunidades, o rito das celebrações destacará a ressurreição de Cristo.

Com exceção da Missa dos Santos Óleos, as demais celebrações da quinta e sexta-feira, acontecerão em todas as paróquias, em algumas, o horário é diferenciado da catedral.

Páscoa para o mundo crucificado

Marcelo Barros *

Fonte: Adital
Ninguém sabe exatamente a data na qual Jesus foi morto e, conforme o testemunho de seus discípulos, recebeu do Pai a vida nova da ressurreição. As celebrações da Semana Santa de cada ano têm como finalidade recordar o que aconteceu para atualizar as conseqüências salvíficas deste fato para os que hoje celebram a fé, mas também para toda a humanidade e até para o universo.
A Páscoa que começou como uma festa agrícola para festejar o inicio da primavera e celebrar a fecundidade da natureza que renasce depois de um inverno rigoroso, no decorrer do tempo, tornou-se para o povo hebraico a comemoração da passagem (daí vem o termo Páscoa) da escravidão para a libertação. Até hoje, as comunidades judaicas chamam a festa da Páscoa de "a estação de nossa liberdade". A celebração cristã da Páscoa herdou este caráter subversivo da celebração judaica. A ceia pascal de Jesus propõe uma partilha igualitária dos bens e pede que só se reconheça como Kyrios, Senhor, a Jesus Cristo ressuscitado. Como, no mundo antigo, este título era reservado apenas ao Imperador de Roma, a própria fé pascal tem um conteúdo crítico com relação ao império romano e a todos os impérios do mundo.

De fato, para Jesus Cristo, a Páscoa não foi uma festa religiosa. O Evangelho conta que ele foi a Jerusalém entre os peregrinos para participar da festa. Entretanto, não organizou a ceia pascal no templo e sim em uma sala que escolheu gratuitamente. Logo depois, o poder político, com a subserviência das autoridades religiosas, o prendeu e o condenou à morte como os romanos condenavam os rebeldes que se levantavam contra o poder imperial. E Jesus foi morto na cruz. A proclamação de que ele recebeu do Pai uma vida nova e está presente entre os seus é uma profecia de vida e sinal de vitória para todas as vítimas do mundo.

Crer na ressurreição de Jesus é mais do que aceitar que ele reviveu. É reconhecer que no destino pessoal de Jesus a quem o Pai livrou da morte e lhe deu uma vida nova, começou um destino de vida e vitória sobre o mal para toda a humanidade e que alcança até todo ser vivo. Por sua morte e ressurreição, Jesus inaugura a vinda ao mundo do que os Evangelhos chamam de "reino de Deus", ou seja, o projeto divino de paz, justiça e fraternidade universal que o Espírito realiza no mundo.

A Páscoa continua sendo atual. Assim como Jesus de Nazaré foi assassinado por um sistema opressor que o condenou à morte para perpetuar o seu domínio sobre o povo e a própria religião, cúmplice do Império, hoje temos um mundo inteiro crucificado no sentido de sacrificado para que os interesses dos grandes impérios e empresas continuem dominando. No plano mundial, a própria vida do planeta aparece ameaçada e os projetos aprovados pelos Estados para salvar a natureza são ainda tímidos e ambíguos. No plano político, o modelo atual de democracia parece gasto e pouco credível. Os poucos intentos de governos que procuram libertar-se dos condicionamentos do Império e servir aos mais pobres são classificados de extremistas e ditatoriais, enquanto os que, realmente, comandam as guerras e determinam as políticas de fome e miséria para continentes inteiros são considerados democratas e justos.

A mensagem da Páscoa é que, apesar de todos estes problemas, o Espírito que deu a Jesus de Nazaré uma vida nova inspira e impulsiona muitas pessoas a mudar esta realidade do mundo e ressuscitar da opressão o mundo todo. Evidentemente, este caminho não se dá de uma vez por todas, magicamente. É um processo e se realiza através da ação e do compromisso ético de todos os que crêem no futuro da humanidade e no amor divino que fecunda o universo. As Igrejas devem ser sinais disso. Em 1968, os bispos católicos da América Latina, reunidos na conferência de Medellín, Colômbia, se comprometeram a dar a Igreja um rosto de uma Igreja pascal. Uma Igreja pascal significa uma Igreja capaz de evoluir com a humanidade e que se define a si mesma como peregrina e missionária do reino de Deus ou seja deste projeto de um mundo novo. Para isso, os bispos propuseram que a Igreja se apresentasse sempre como Igreja pobre e despojada dos meios de poder, comprometida com a libertação de toda a humanidade e de cada ser humano em sua integralidade (Cf. documento de Medellín 5, 15).

No Brasil, muita gente valoriza as tradições religiosas da 6ª feira santa. Cada vez é maior o número de que celebram a Vigília Pascal, na noite do sábado, ou na madrugada do domingo. É a mais importante celebração cristã de todo o ano litúrgico. Santo Agostinho a chama de "mãe de todas as celebrações cristãs". São ritos antigos, constituídos de beleza e profundidade poética e profética. Mas, não podem ficar só no rito. A celebração pascal deve ser a proclamação de um mundo novo que começa e toma força na esperança e no amor de toda pessoa consagrada à vida. A figura do Cristo ressuscitado é primícia deste universo renovado, ao qual todas as pessoas que amam a vida e a justiça são chamadas a aderir e defender.


* Monge beneditino, teólogo e escritor. Tem 30 livros publicados

Casos de homicídios são mais freqüentes entre os jovens

Fonte: Adital
Entre 1996 e 2006, os homicídios na população brasileira de 15 a 24 anos de idade passaram de 13.186 para 17.312, representando um aumento de 31,3% em dez anos. O crescimento foi bem superior ao experimentado pelos homicídios na população total, onde o aumento foi de 20% nesse período.
Os dados são do Mapa da Violência 2008, estudo lançado pelo Instituto Sangari, o Ministério da Justiça, o Ministério da Saúde e a Rede de Informação Tecnológica Latino Americana (RITLA). O estudo, com dados referência até 2006, analisou a situação e a evolução da letalidade violenta nas unidades federadas do país, nas 27 capitais e nas 10 regiões metropolitanas tradicionais.

A pesquisa dividiu os municípios estudados em três listas, de acordo com taxas de homicídios na população jovem, número de homicídios juvenis e maiores índices de vitimização juvenil, entendendo como vitimização a proporção de homicídios juvenis em relação ao total de homicídios no município.

Segundo o Mapa 2008, na lista dos 100 municípios com as maiores taxas de homicídios juvenil, os municípios pesquisados nos estados de Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Pernambuco representam acima de 70% do total de homicídios juvenis acontecidos no estado. Em seu conjunto, esses 100 municípios, que representam 1,8% do universo, congregam 2,5% da população, o que significa que não são somente municípios de grande porte, mas concentram 35% dos homicídios juvenis acontecidos no país no ano de 2006.

Já os 200 municípios com maior número de homicídios juvenis correspondem a 3,6% do total de municípios das unidades. Eles concentram 47,3% da população do país - municípios de grande porte - e 79,5% dos homicídios juvenis acontecidos no ano de 2006.

Alguns estados como Acre, Amapá, Amazonas, Piauí, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins têm escassa ou nula participação nessa lista. Já estados como São Paulo (40 municípios), Rio de Janeiro (24) e Pernambuco (16) destacam-se pelo elevado número de municípios integrantes dessa listagem.

Outro enfoque dado pelo estudo foi a listagem dos 200 municípios com os maiores índices de vitimização juvenil. Nesse caso, foi utilizado como medida de vitimização a proporção de homicídios juvenis com relação ao total de homicídios acontecidos num determinado ano - 2006 - e numa determinada área geográfica - o município.

A análise levou em conta que os jovens, em média, representam algo em torno de 20% da população total, fato indicativo de que, se o índice ultrapassa significativamente essa proporção, há um expressivo número de municípios populosos, com índices de vitimização acima de 50%, isto é, municípios onde mais da metade das vítimas de homicídios foram jovens.

Já se o índice gira perto de 20%, pode-se dizer que é um problema que afeta a juventude também ao restante da população. E se a proporção excede significativamente esse patamar de 20%, pode-se afirmar que existe elevada dose de vitimização da juventude.

O detalhamento do Mapa da Violência 2008 pode ser encontrado clicando a seguir: Íntegra do Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros-2008 (PDF)

Mapa

O primeiro Mapa da Violência foi divulgado no ano de 1998, com o objetivo de gerar indicadores de abrangência nacional sobre o tema da violência letal e da criminalidade. Produzido a cada dois anos, o estudo possibilita ponderar a situação e a evolução da mortalidade violenta nos diversos locais do Brasil, permitindo a elaboração e avaliação dos planos e estratégias de enfrentamento da violência no país.

O Mapa tem também servido de subsídio para a formulação dos planos e programas dirigidos à juventude nas diversas esferas e insumo para a elaboração de relatórios nacionais e internacionais na área.

Dia Mundial da Água: saneamento básico ainda é precário

Fonte: Adital
Instituído pela Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas, desde 1993 países do mundo inteiro celebram, no dia 22 de março, o Dia Mundial da Água. Na data, autoridades governamentais e organizações buscam refletir sobre os problemas referentes aos recursos hídricos em suas nações, propondo alternativas e soluções para resolução dos problemas detectados.
Neste ano, as comemorações do Dia Mundial da Água colocam em pauta as discussões acerca da falta de saneamento básico, hoje, ainda artigo de luxo para cerca de 2,6 bilhões de pessoas no mundo. O tema está dentro das atividades previstas para 2008, ano em que a Assembléia Geral da ONU estabeleceu como o Ano Internacional do Saneamento.

Segundo a organização, a idéia é que a campanha pelo saneamento básico, inaugurada em novembro de 2007, ajude a alcançar um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio que é de, até o ano de 2015, reduzir pela metade a proporção de pessoas que não contam com saneamento ambiental básico nem com água potável.

Às vésperas de se comemorar o 15o Dia Mundial da Água, 40% da população mundial continuam sem saneamento básico. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), aproximadamente 1,5 milhão de crianças morrem ao ano no mundo em conseqüência da carência de água potável, saneamento ambiental adequado e condições higiênicas saudáveis.

Ainda de acordo com a ONU, estima-se que cerca de 42 mil pessoas morram semanalmente devido a doenças relacionadas com a qualidade ruim da água que consomem e por falta de saneamento ambiental adequado.

Dados da Unicef apontam que na América Latina e Caribe a segunda causa de mortalidade infantil, depois das doenças respiratórias, é a diarréia causada por infecções transmitidas das mãos sujas na boca. E, embora a situação tenha melhorado na região nas últimas décadas, atualmente, mais de 100 milhões de pessoas na região não têm saneamento básico.

Pesquisas da ONU revelam ainda que, em 2004, apenas 59% da população mundial tinham acesso a qualquer local com saneamento adequado. Em 1990, este percentual era de 49%. Com o estabelecimento das Metas de Desenvolvimento do Milênio, a estimativa é que a cobertura em saneamento abranja 75% da população global até 2015.

A instituição diz ainda que se for mantida a atual tendência, em 2015, cerca de 2,4 bilhões de habitantes do mundo precisarão de serviços de saneamento ambiental básico e as crianças continuarão pagando boa parte do custo dessa carência com vidas perdidas, falta de educação escolar, enfermidades, desnutrição e pobreza.

12 de março de 2008

Justiça suspende uso de lenha como matriz energética

Fonte - Adital
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região julgou favorável o pedido da Fundação Águas do Piauí (Funaguas), para impedir a utilização, pela empresa Bunge Alimentos, de utilizar lenha como matriz energética. O funcionamento da empresa no município de Uruçuí (Piauí) foi suspenso.
"O uso das nossas matas para queima em caldeiras, era insensato, desnecessário, agredia o meio ambiente e, objetivava apenas a redução de custos para a empresa, já tão competitiva e contemplada de tantos mimos", disse a Funaguas.

A empresa se instalou no estado em 2002 com a promessa de que iria abrir postos de trabalho e contribuir para o desenvolvimento da região. No entanto, os 50 empregos diretos prometidos não se tornaram realidade, assim como não foi ampliada a estrutura de esmagamento, nem se montou a fábrica de óleos refinados, margarina e rações balanceadas compromissadas.

A Bunge diz que a madeira utilizada é de áreas desmatadas para plantio de soja. A realidade é outra, o cerrado do Piauí está sendo devastado e, segundo a Funaguas, mais de 80% das Guias Florestais utilizadas para legalizar a lenha da Bunge eram "frias" ou de localidades onde não acontecia plantio de soja, como Luiz Correia no litoral do Piauí, região de manguezais, a 850Km da fábrica.

Em nota, a Fundação disse ser "contra os termos de um acordo, o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que fora feito a sua revelia, entre a Bunge, o Ministério Público do Piauí e o Ministério Público Federal, em que a Bunge prometera procurar novas fontes de energia". A decisão do Tribunal Regional foi, por unanimidade de votos dos 3 desembargadores, também pela desconstituição do TAC.

Os Estudos de Impactos Ambientais (EIA) apresentados pelas empresas apresentavam falhas, mas mesmo assim as licenças foram concedidas, sem sequer a aprovação em uma Audiência Pública. A Bunge só teve ganhos, o Poder Público a contemplou com isenção de 100% de impostos, por 15 (quinze anos), em todos os produtos fabricados.

Ato pede erradicação do trabalho escravo e aprovação da PEC 438

Fonte - Adital
Cerca de mil pessoas participaram hoje, no Auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados (Brasília), de um ato público pela aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Trabalho Escravo, que prevê o confisco de terras das fazendas em que forem encontrados trabalhadores escravos, e a erradicação desse tipo de trabalho. As terras confiscadas seriam então destinadas à reforma agrária.
O coordenador da Campanha Nacional da Comissão Pastoral da Terra de Combate ao Trabalho Escravo, Frei Xavier Plassat, disse que o ato foi "intenso e denso" e mostrou o interesse da sociedade nessa aprovação. Para ele, o trabalho escravo não afeta só à vítima, e sim "fere a dignidade de toda a sociedade".

Os presidentes da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), estiveram presentes durante a manifestação da sociedade civil e se comprometeram a colocar a PEC, 438/2001, em votação ainda este ano.

Desde 1995, mais de 28 pessoas foram libertadas da condição de escravos em fazendas brasileiras. Dessas, seis mil - três mil em fazendas de cana-de-açúcar - o foram somente no ano passado. Mas apesar de as leis brasileiras já preverem dois tipos de punição, a econômica e a criminal, em relação a essa última a impunidade ainda impera.

Uma outra punição sofrida pelas fazendas e/ou fazendeiros é a colocação dos nomes em uma "lista suja". Com isso, o mercado conhece a situação da empresa com a qual possui negócios e pode decidir se quer continuá-lo.

No ano passado, a Petrobrás cancelou as compras de etanol que fazia junto à empresa Pagrisa (Pará Pastoril e Agrícola S.A.) - localizada no município de Ulianópolis (PA) a 390 km de Belém -, pois em junho de 2007 mais de 1.100 trabalhadores foram encontrados no local em situação de escravos.

Os trabalhadores libertos foram encontrados em condições desumanas, sem água potável para beber e recebendo comida estragada. Eles eram responsáveis pela a colheita e plantio da cana para a fazenda. De acordo com Frei Xavier, "esse instrumento tem surtido um efeito considerável".

Durante o ato, os integrantes dos movimentos sociais entregaram um abaixo-assinado à presidência da Câmara. Até o fechamento desta edição, a audiência não tinha terminado, mas o objetivo do grupo presente à Câmara era que uma Comissão entregasse ao presidente Lula uma carta elaborada pelos participantes do ato, e fosse dado um abraço simbólico ao Congresso Nacional.

Secretário do Sul do Maranhão recebe lideranças da Alvoradinha III

O Secretario de Desenvolvimento do Sul do Maranhão, Fernando Antunes recebeu, no gabinete dele representantes da comunidade de Alvorada III, município de Amarante.
Luis Joaquim de Sá presidente da Associação dos Agricultores do Projeto de Assentamento Alvorada III de Amarante – Apama e o lavrador Adonias Pereira vieram a Seedesma acompanhados de José Antonio, também conhecido como Kino, residente na Capemba D`Água.
Eles apresentaram por escrito as solicitações feitas pela comunidade a Fernando Antunes, no dia 23 de do mês passado quando o secretário visitou a Alvoradinha.
O pedido da comunidade foi entregue ao secretário com o reforço de mais de cem assinaturas.
A visita de Luis Joaquim e Adonias Alves à Secretaria do Sul do Maranhão foi um convite de Fernando Antunes que pediu informações mais detalhadas das demandas da comunidade, para que os projetos possam ser enviados a São Luis com mais riqueza de detalhes.
Entre as principais demandas apontadas pelas lideranças estão à construção de casas populares, ampliação da rede de energia elétrica e a melhoria da estrada que interliga a Alvorada III ao assentamento da Cikel.
O secretário anunciou que as reivindicações serão encaminhadas cada uma a secretaria do Governo do Estado a quem compete resolver o problema da comunidade.
-“Estamos atentos ao clamor daquela comunidade. Tive a alegria de visitá-los e percebi a necessidade de investimento para garantir melhor qualidade de vida as 300 famílias que moram lá”- disse Fernando Antunes.