31 de janeiro de 2007

Aquecimento global: 600 milhões com fome, 3.200 milhões com seca


Aquecimento global: 600 milhões com fome, 3.200 milhões com seca
O aumento médio da temperatura no planeta previsto para 2 a 3 graus Celsius levará a que entre 200 a 600 milhões de pessoas sejam afectadas pela fome em 2080, enquanto a falta de água afectará de 1,1 a 3,2 mil milhões, revela um novo estudo sobre as alterações do clima.
O texto preliminar do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas só deverá ser divulgado em Abril, mas o jornal australiano The Age teve acesso a alguns dos seus dados.
O documento adianta que a escassez de água afectará sobretudo a China, Austrália e partes da Europa e Estados Unidos, enquanto que inundações litorais podem submergir cerca de 7 milhões de casas.
O Painel Intergovernamental foi criado em 1988 pela Organização Meteorológica Mundial e pelo Programa Ambiental da ONU para orientar as políticas globais sobre o aquecimento global.
O grupo deve divulgar sexta-feira em Paris um relatório prevendo que até 2100 a temperatura média do mundo estará entre 2 a 4,5 graus centígrados acima dos níveis pré-industriais, sendo que a estimativa mais provável é de 3 graus.
Este relatório deve resumir a base científica das alterações climáticas, enquanto o texto de Abril enumerará os pormenores das consequências do aquecimento e as opções para que seja possível adaptar-se-lhe.
O relatório preliminar contém um capitulo inteiro sobre a Austrália, que vive actualmente a pior seca da sua história, alertando que a Grande Barreira de Recifes se tornará «funcionalmente extinta» devido à destruição dos corais.
Além disso, a neve deve desaparecer das montanhas no sudeste do país, enquanto o fluxo de água na bacia do rio Murray-Darling, principal área agrícola australiana, deve cair de 10 a 25% até 2050.
Na Europa, os glaciares deverão desaparecer dos Alpes centrais, enquanto algumas ilhas do Pacífico devem ser gravemente atingidas pela elevação dos mares e intensificação da frequência das tempestades tropicais.
Fonte: Diário Digital
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