24 de novembro de 2009

Dados sobre violência contra as mulheres continuam preocupantes na região




Por: Natasha Pitts *

A violência contra a mulher ainda é um grande desafio que precisa ser superado urgentemente em vários lugares do mundo. Amanhã, 25 de novembro, data em que se celebra o Dia Internacional de Combate à Violência Contra as Mulheres, a única certeza é que a luta por esta causa ainda precisa avançar. Um estudo da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal) evidencia o problema: cerca de 40% das mulheres da região são vítimas de violência física e 60% sofrem violência emocional.
O relatório "Nem uma mais! Do dito ao fato: Quanto falta por percorrer?" foi divulgado nesta terça-feira (24), na Cidade da Guatemala, durante a Feira do Conhecimento, uma das atividades do lançamento regional da campanha global "América Latina - Une-te para pôr fim à violência contra as mulheres". A iniciativa global foi lançada em fevereiro de 2008 pelo Secretário Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon para fazer à realidade de violência contra as mulheres, e deve seguir até 2015.


Entre as principais formas de violência explicitadas pelo relatório estão os maus-tratos provocados pelo parceiro, feminicídio, violência contra menores de idade, violência sexual, violência discriminatória contra mulheres migrantes, indígenas e afro-descendentes, entre tantos outros tipos.

A violência física sofrida pelas mulheres vai desde golpes simples até agressões severas com ameaças de morte que muitas vezes são acompanhadas por forte violência psicológica e sexual. Entre as entrevistadas para o estudo 45% declararam já ter sofrido ameaças por parte de seus parceiros e entre 5% e 11% afirmaram ter sido vítimas de violência sexual.

Ainda que os países da América Latina tenham assinado tratados e acordos, e promulgado leis para combater a violência contra a mulher estes mecanismos tem sido falhos e os números comprovam que ainda existe muito a ser feito, sobretudo pela impunidade que reina. Entre os anos de 2001 e 2008 a Guatemala registrou o assassinato de 3.954 mulheres, sendo que o último ano foi o mais violento com o registro de 365 casos.

As principais deficiências para o combate dizem respeito à aplicação das normas, à provisão de serviços e ao acesso das vítimas à justiça. Além disso, os recursos também tem se mostrado insuficientes para a erradicação de todas as formas de violência com a população feminina.

Informações do Observatório de Criminalidade da Promotoria do Peru apontam que entre 1º de setembro de 2008 e 30 de junho de 2009, foram registrados 689 casos de homicídios com um total de 793 vítimas. A diferença entre o número de casos e o número de vítimas indica que em 71 casos mais de uma pessoa foi morta. Cerca de 42% das peruanas já sofreram violência física.

A violência íntima ou emocional, caracterizada pelo maltrato psicológico, é reconhecida pelas mulheres como a mais frequente. Nestes casos, o parceiro insulta, desqualifica e para controlar a vida, a liberdade e as relações sociais de sua parceira. Na Colômbia e no Peru este tipo de violência supera a marca de 60%. Já na Bolívia e no México o número chega quase a 40%.

Ainda que existam vários tipos de violência e que esta possa ser cometida em diversos lugares, o relatório da Cepal apontou que a casa é o lugar mais inseguro para as mulheres. 51,6% dos feminicídios ocorrem neste ambiente. Esta percentagem sobe a 55,7% se só se consideram os casos de feminicídio íntimo. 32,8% das vítimas que morreram nas mãos de seu parceiro ou ex-parceiro foi esfaqueada, 29,9% foi baleada, 22,4% foi asfixiada ou estrangulada, 11,9% foi golpeada e 3% envenenada.

"Erradicar a violência contra a mulher deve converter-se em um objetivo central das agendas públicas, já que se trata de um problema de direitos humanos e é um obstáculo para o desenvolvimento do país", assinalou o estudo.

* Jornalista da Adital

Organizações de João Lisboa realizam blitz educativa de combate a violência contra a mulher

Texto: Ascom/ CMDCA

O Dia Internacional da Não violência contra a Mulher foi estabelecida no Primeiro Encontro Feminista Latino-americano e do Caribe realizado em Bogotá, Colômbia, em 1981, em homenagem às irmãs Mirabal.,as Las Mariposas, como eram conhecidas as irmãs Mirabal – Patria, Minerva e Maria Teresa – foram brutalmente assassinadas pelo ditador Trujillo em 25 de novembro de 1960 na República Dominicana.

Diante desse quadro triste que a mulher é submetida que desde 2006 a CE Henrique La Roque em parceria com o Fórum DCA,SINTEEJOL,APAE,Polícia Militar(Cavalaria) promove reflexões e campanhas de enfrentamento da violência contra a criança e o adolescente,mas recentemente sobre a mulher.

Em consonância com as definição da Convenção de Belém do Pará (Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher, adotada pela OEA em 1994), a violência contra a mulher é “qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como na esfera privada”.acreditamos que a sociedade não pode mais ficar calada,precisamos sair dessa apatia social,para uma ação mais eficaz,e vemos a escola como o local apropriado para essas reflexões e ações.

A Conferência das Nações Unidas sobre Direitos Humanos (Viena, 1993) reconheceu formalmente a violência contra as mulheres como uma violação aos direitos humanos. Desde então, os governos dos países-membros da ONU e as organizações da sociedade civil têm trabalhado para a eliminação desse tipo de violência, que já é reconhecido também como um grave problema de saúde pública.

Mas será que em nossos municípios, existem políticas para a erradicação da violência contra a mulher? Se nem o básico de saúde muitas vezes na está disponível? Dados colocam o Maranhão como o 16ª em violência contra a mulher, segundo os órgãos ligados ao atendimento da mulher. Há um pacote de violências contra a mulher, e Escola La Roque e Parceiros queremos causar essa inquietação na comunidade, para que possam reagir a esse mal, que assola as mulheres, por isso você está convidado para participar conosco da blitz educativa. Faça valer a Lei, denuncie!

Dia 25(quarta feira), a partir da 8:00 da manhã em frente à Escola La Roque, venha e traga a sua bandeira branca.,Porque onde tem violência todo mundo perde e sofre.

2 de novembro de 2009

Em amarante DNJ alerta para o extermínio da juventude


Por Josafá Ramalho
O alto índice de violência praticado contra a juventude motivou jovens do país inteiro a se mobilizarem numa marcha contra a violência, como propunha o lema do Dia Nacional da Juventude de 2009 – DNJ.
Na diocese de Imperatriz as celebrações do DNJ aconteceram em Amarante, onde 03 mil pessoas se reuniram em um encontro que começou na noite de sábado, 31 e se estendeu até as 11Hs da manhã do domingo, 01 de novembro.
No pátio da igreja matriz de Amarante, representantes das 26 paróquias da diocese fizeram do palco o ponto de partida para um alerta sobre os riscos que adolescentes e jovens correm diariamente nos grandes centros e em pequenas cidades, que mesmo aparentemente pacatas, apresentam números de uma violência que cresce a cada dia.
Foi por meio do teatro, da musica e da oração que eles fizeram ecoar o apelo para que o poder público faça investimentos em segurança e educação.
Ao amanhecer do domingo, o bispo de Imperatriz, dom Gilberto Pastana, presidiu a celebração de uma missa, e lembrou, durante a homilia, que os as drogas lícitas e não lícitas “estão fazendo com os jovens percam a esperança, percam o rumo da vida, e vivam sem qualquer ideal, sem perspectiva”.
O bispo alertou a todos para os perigos do álcool que começa com um copo de cerveja e domina os desejos e a vida de quem poderia ser, e ter algo melhor no futuro.
Para o coordenador diocesano da Pastoral da Juventude, Vandinaldo Andrade, o DNJ cumpriu o seu papel como espaço para o debate e o fortalecimento espiritual. Do alto de um trio elétrico o jovem coordenador disse que é preciso que cada grupo trabalhe nas suas bases para que a juventude não se perca na estrada.
A DNJ de Amarante terminou com uma longa caminhada pelas ruas e avenidas de Amarante.
Dois representantes da diocese de Viana, Iane Salazar e Mauro Sérgio, participaram das celebrações do Dia Nacional da Juventude na Diocese de Imperatriz