No acampamento estão trabalhadores rurais de assentamentos do MST que serão inundados, além de índios e representantes de instituições como Comissão Pastoral da Terra, sindicatos e associações que não concordam com a construção da hidrelétrica.
Depois de interditarem a BR 010 e de fazerem inúmeras manifestações nos últimos dias, os índios foram a Brasília tentar um acordo com a Funai e o Ministério das Minas e Energia. Os povos indígenas que há anos queriam a ampliação das reservas dos Apinajé e Krahô agora denunciam que a obra vai inundar grande parte de suas terras, pelos menos 12 aldeias serão prejudicadas.
Com base nos argumentos do Conselho Indigenista Missionário – Cimi a Justiça Federal concedeu liminar suspendendo as obras da hidrelétrica.
Outra decisão da Justiça, agora em desfavor dos manifestantes pode agravar a situação. Uma ordem de despejo deverá ser cumprida nas próximas horas. Lideranças do movimento antibarragem prometem resistir.
Ainda hoje acontece no acampamento uma grande reunião, já com a presença dos índios que foram a Brasília. Esta reunião definirá os próximos passos da manifestação. Uma liderança do MST que preferiu não se identificar, alertou para o risco de que os índios tomem uma decisão mais radical do que interditar a BR 010.
O secretário de Desenvolvimento do Sul do Maranhão, Fernando Antunes determinou que a equipe do governo do Estado em Imperatriz fique em alerta. Ele quer evitar confrontos e destaca a necessidade de negociações.
Josafá Ramalho
DRT: 995/MA