14 de novembro de 2007

Organizações se encontram para discutir a impunidade em conflitos armados





Fonte Adital -
Desde terça-feira (13), integrantes de movimentos sociais e 40 especialistas em política da Colômbia, Costa Rica, México, Angola, Suécia, Saara Ocidental, Uruguai e Argentina participam do Encontro Internacional Sul - Sul. O evento, realizado anualmente, tem sede em 2007 em quatro localidades guatemaltecas: Nebaj, Tecpán, Antiga Guatemala e Cidade da Guatemala.
Até a próxima segunda-feira, eles estarão reunidos para conhecer a realidade e experiências dos países que lutam contra a impunidade em casos de violações aos direitos humanos durante conflitos armados, tendo como pontos transversais a memória, a verdade, a justiça e a reparação.

O objetivo do encontro é refletir, discutir e promover ações sobre temas relacionados com o problema dos países participantes que, com este processo, podem trocar experiências e buscar apoio para a luta contra a impunidade. Segundo o Movimento Sueco pela Reconciliação (SWEFOR), que está entre os organizadores do evento, "as organizações participantes se desenvolvem em conjunturas de conflito armado ou pós-conflito, desenvolvendo sua vasta experiência no tema psicosocial, luta contra a impunidade e busca da verdade".

Entre as atividades programadas para os sete dias do Encontro Sul-Sul estão: apresentação de manifestações, intercâmbio de experiências no combate à impunidade de alguns países e trabalhos em grupo. Hoje pela manhã, o evento foi aberto com uma visita ao Centro para a Ação Legal em Direitos Humanos (CALDH), seguida de uma análise de conjuntura da Guatemala.

Amanhã, em Chajul, todo o dia será dedicado à troca de experiências entre os participantes e à noite, haverá a noite cultural, tendo como tema o México. Na quinta-feira, o intercâmbio de experiências terá continuidade durante o dia, enquanto a noite cultural será sobre a Colômbia.

No dia 16, os participantes do Encontro farão uma visita à comunidade em Nebaj, para intercâmbio. À noite, o Uruguai será o tema da Noite Cultural. No sábado, a troca de experiências será feita com os grupos de jovens de Comalapa, e a noite cultural será sobre Angola.

No domingo, são as mulheres vítimas de conflitos, sobreviventes ou que perderam maridos e filhos, que apresentarão suas histórias de luta. No mesmo dia, a noite cultural será sobre a região do Saara Ocidental. No último dia de Encontro, os participantes se reúnem para analisar os acertos e desafios do Encontro. Além de discutirem as Conclusões e Acordos. A programação termina com a Noite Cultural guatemalteca.

Entre os especialistas presentes estão: Isabel Margarita Nemesio, responsável pelo Programa de Jornaleiros Agrícolas e Migrantes Internacionais do Centro de Direitos Humanos da Montaña Tlachinollan; a especialista colombiana em Verdade, Justiça e Reparação, Clara Patricia Castro; e Efrén Hernandez Maldonado, do Serviço Paz e Justiça na América Latina (Serpaj).
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