24 de setembro de 2008

Direito a informação sim, privilégio não!

Por Josafá Ramalho

É muito estranha a forma como alguns casos são conduzidos, e como as pessoas são diferentemente tratadas.
Um episódio lamentável, chamou a atenção e revoltou aos profissionais de imprensa nesta quarta-feira, 24 em Imperatriz.
No momento em que a cidade ainda está abalada e revoltada pela morte do estudante Ivanildo Júnior, seqüestrado e provavelmente assassinado (as investigações ainda não foram concluídas) por dois policiais militares, a juíza da 2ª Vara Criminal, Suely Feitosa, privilegiou a um repórter da Rede Globo, dando a ele, uma hora de atenção a portas fechadas, enquanto reportes de outras emissoras aguardavam por informações do lado de fora do fórum de Justiça da cidade.
A imprensa queria saber detalhes dos depoimentos dos PMs acusados do crime, Smaylle Araújo e Antonio Abreu. Depoimentos que foram ouvidos por uma representante do Ministério Público e um representante da Comissão de Direitos Humanos da OAB, alem é da juíza.
Porque privilegiar a Globo quando todas as emissoras estão divulgando o caso? SBT, Record e Band tem afiliadas na cidade que diariamente enviam para a cabeça de rede imagens e informações sobre o caso que ganhou repercussão nacional graças ao trabalho de toda imprensa, inclusive da Globo.
Esta forma de tratamento deve ser repudiada. A imprensa de Imperatriz não aceita esse tipo de postura, e lamenta atitude da juíza,como se já não bastassem os obstáculos impostos por alguns policiais para que a imprensa desempenhe o seu papel.
Comentários
0 Comentários