4 de fevereiro de 2009

Igreja pede ao governo do Maranhão ações de combate ao agronegócio e extração de madeira em reserva indígena



Pastoral Regional da Comunicação

O governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT) se reuniu esta semana com os bispo do Estado. O encontro aconteceu na residência do Arcebispo de São Luís, Dom José Belizário.
O governador estava acompanhado do secretário do planejamento Aziz Santos, pelo secretário adjunto da Casa Civil Cândido Lima e pelo secretário adjunto de desenvolvimento social Batista Botelho.
A CNBB NE V estava representada pelo presidente, Dom Xavier Gilles, bispo de Viana; pelo secretário geral e arcebispo de São Luis Dom José Belisário da Silva, por Dom Carlo Ellena, Bispo de Zé Doca; Dom Gilberto Pastana, Bispo de Imperatriz; Dom Armando Gutierrez, Bispo de Bacabal; Dom Ricardo Paglia, Bispo de Pinheiro e Dom Enemésio Lazzaris, Bispo de Balsas.
Na audiência o governador e os bispos colocaram sobre a “mesa” temas importantes e desafiadores de uma situação sofrida do povo maranhense no campo e na cidade.
Jackson Lago falou aos bispos sobre as prioridades do governo nos setores da educação, saúde, segurança pública, agricultura e indústria. O governador destacou na oportunidade, “o diálogo construtivo com a sociedade civil organizada, em audiências públicas realizadas em várias regiões do Estado”.
Os Bispos manifestaram uma grande preocupação com o avanço do agronegócio no Maranhão.
Para a igreja esse tipo de empreendimentos “é uma ameaça incontestável à vida dos nossos biomas e dos nossos povos”.
O governador Jackson Lago e o presidente do Regional Nordeste V, Dom Xavier Gilles concordaram em dar continuidade ao dialogo e estabeleceram uma agenda de encontros.
-"Os encontros entre a igreja do Maranhão e o governo serão periódicos, e nos ajudarão a encontrar alternativas para resolver problemas históricos do Estado. Problemas que afligem o nosso povo”, disse o bispo de Imperatriz, Dom Gilberto Pastana.
Os bispos aproveitaram o encontro com Jackson Lago para entregar um documento com sugestões ao governo Estado. Entre as propostas estão a implementação da Ouvidoria Agrária Estadual, que funcionaria como instrumento para a prevenção, mediação e solução dos conflitos sociais no campo; Priorização de políticas públicas na região de Codó e Timbiras onde são registrados os maiores índices de trabalho escravo no Estado e um dos menores IDHs do país; Firmar parceria com o Governo Federal para a busca de uma solução justa e digna para os camponeses e, a expulsão de madeireiros e fazendeiros, que ocupam ilegalmente a área indígena Awá-Guajá que tem 116.200 hectares;
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