O memorial começou a tomar corpo
na noite desta terça-feira, 18, durante reunião realizada na residência episcopal
com a presença de representes do Centro de Estudos Bíblicos - Cebi, Centro de
Defesa dos Direitos Humanos Padre Josimo, Centro de Defesa da Vida de Açailândia,
de pessoas que tiveram um convívio muito próximo com padre Josimo, e com a
participação do bispo de Imperatriz Dom Vilsom Basso.
O memorial era um desejo antigo do
Cebi e de instituições que a cada ano celebram a memória do padre da Diocese de
Tocantinópolis assassinado em Imperatriz no dia 10 de maio de 1986 por defender
trabalhadores rurais sem terra.
Na reunião, Dom Vilsom anunciou
que a diocese cederá o espaço para o memorial que será construído no Centro
Diocesano de Pastoral, na Avenida Dorgival Pinheiro de Sousa no centro, local
onde Josimo Tavares foi atingido a
tiros.
Nos próximos meses a equipe responsável
pelo memorial fará um trabalho de pesquisa para juntar vídeos, fotos, documentos
e todo material que conte a vida, o sacerdócio e o martírio de Josimo.
A previsão da inauguração do memorial
é 10 de maio do ano que vem, quando a morte de Josimo completa 32 anos.
Nesta quinta-feira, Dom Vilsom
Basso vai ao povoado Sete Barracas zona rural de São Miguel do Tocantins, onde
visita dona Raimunda líder camponesa fundadora do Movimento Interestadual das Quebradeiras
de Côco Babaçu. Hoje cega e aos 77 anos
dona Raimunda foi amiga e conselheira de padre Josimo Morais Tavares.